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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Acid Rock Festival em Santo Ângelo: A vida underground não tem preço




































































































































































































































































































Ao recebermos o convite da organização do Acid Rock Festival para realizarmos a cobertura do evento em Santo Ângelo - RS, a equipe da rádio, eu Diones Biagini, Andressa Silva e Fábio Deicke, resolvemos viajar até lá, de bus de linha, para fazermos a cobertura do evento, que desde o princípio nos chamou a atenção por ter o diferencial de ser retirado do circuito urbano e também por colocar Santo Ângelo de volta na rota dos festivais na região. Embarcamos no bus, às 18 horas e 30 minutos, do dia 17 de setembro de 2011, após uma hora de viagem, regada a muito bom humor e rock n roll nos ouvidos, paramos em Ijuí e nos encontramos com o Fábio Deicke, que já estava com a maquina pronta para os primeiros click´s rock´s. Logo seguimos mais uma hora de viagem, percebendo mais um etinerário cultural do pampa gaúcho, região das missões. Ao chegarmos na rodoviária o camarada Talles, um dos organizadores do festival, nos encontrou junto com um brother da Banda Cavalo Doido e foi então que pegando a estrada de chão até o Sítio Água Doce, pudemos fazer um rally rock, que deu pra sentir o clima do fest que nos aguardava. De cara fomos muito bem atendidos pela organização, que nos trouxe todas as informações sobre o festival e estrutura do sítio, onde ficamos bem instalados nas barracas rock´s. Estava assim apenas começando um festival em potencial, que conseguiu inserir 8 apresentações musicais de qualidade, interação cultural e teatro, mostrando que a vibe de integrar as artes é uma proposta que tem dado certo, principalmente em festivais ao ar livre e retirado do contexto urbano.

A noite chegando, logo subiu ao palco o projeto Bardo e Fada de Santo Ângelo, um casal rock n roll, que trouxe uma musicalidade própria com essências regionalistas e mais algumas versões do bom e velho rock n roll, com destaque ao vocal da Fada, que realmente encantou o público com sua voz melódica e grave. A seguir subiu ao palco a banda Sacolas Voadoras de Santa Maria, que trouxe músicas próprias, mostrando a real identidade da banda. Depois surgiu a Monoteta de Santa Rosa que trouxe clássicos do Rock n Roll da antiga, porém com uma pegada atual. A seguir tocou a Xíspa Divina de Sobradinho, banda já conhecida da cena dos festivais fora do eixo urbano, que com sua musicalidade pira ruralista, chapou de rock todos aqueles que se fizeram presentes. E falando em boa música, logo veio a Decoders de Ijuí que fechou a noite do sábado em alto e bom som, mostrando potencial musical em desempenho e evolução sonora, na percepção daqueles que já conheciam o trabalho da banda, que embora nova, esta se tornando cada vez mais conhecida na cena independente, saindo do circuito dos pubs e agradando a um público mais alternativo, que costuma frequentar festivais. Após cada show fomos entrevistando dentro de um galpão underground, todas as bandas participantes, que com muita descontração entenderam muito bem a proposta da rádio, nos parabenizando pela iniciativa de fomentar a cena alternativa, através de uma nova mídia.

Regados a muito Rock n Roll e ambientalismo, em um local com muita paz, amor e empatia. Ao amanhecer de domingo, pudemos ver muitas barracas fechadas e algumas carinhas perambulando pelo local do evento, uma vez que a noite de sábado havia sido longa pra galera do Rock n Roll, que ficará curtindo até o amanhecer.

Já era passado do meio-dia, quando levantamos e almoçamos uma massa campeira, disponibilizada de forma comunitária, aos incentivadores do festival, onde pudemos perceber como é possível conviver em harmonia, socializando ideias, trabalhos e culturas, entre uma verdadeira família rock n roll.

Logo chegou a tarde sentamos na grama para olhar a bela paisagem do local, percebendo as coisas mais simples da natureza, que as vezes deixamos de lado por causa da correria do sistema urbano. Após curtimos a apresentação de um grupo de teatro local, formado por jovens mulheres que souberam levar cultura alternativa ao público de forma simples, criativa e expontânea. Além de apreciar essa arte filmamos alguns trechos e congelamos estas imagens artísticas e faciais de quem realmente faz por que gosta e traz na alma a vibe cultural. Após chegando a tardinha desmontamos nossas barracas e fomos curtir numa espécie de galpão rock, mais dois shows musicais, através do som da OSS 3 com destaque aos sons próprios da banda, que trouxeram letras de protesto e que fizeram a galera refletir. A seguir conseguimos assistir duas músicas da apresentação dos Loucos do Bodoque, projeto musical que incluí nosso camarada Aurélio, do programa Louco Por Rock. Projeto que eu particularmente ainda não tinha assistido e que achei bem bacana, pois traz uma vida acústica para as versões do Pink Floyd e poesias grunges de autoria dos Loucos. O público ficou até o final e agitou mesmo após 2 dias de evento, provando que o gás da juventude é algo de atitude. Assim como o da organização que com muita luta e garra, soube trazer algo diferenciado e que com certeza ficara para a História do Rock n Roll da região noroeste, no qual passaram mais de 150 pessoas, durante os dias 17 e 18 de setembro de 2011, onde através da produção do camarada Talles e da Mariá, muitas pessoas puderam viver momentos de paz, amor, música e empatia, deixando de lado a tecnologia dos celulares e da internet, que muitas vezes nos ajudam, mas que na maioria das vezes nos aprisionam, assim como esse sistema capitalista que nos é imposto.





Realmente mais uma vez em um festival rural, pudemos perceber que uma sociedade, sem violência, ganância e egoísmo é possível, e que basta as pessoas entenderem o verdadeiro sentido da vida, que é bem simples: viver em coletividade e deixar de lado as individualidades deste sistema caótico.

A seguir pegamos carona com a Bruna Meneghel uma das organizadoras do festival e embarcamos no bus das 20 horas, onde nos despedimos do camarada Fábio Deicke, que se puxou no trampo cultural. Seguimos viagem até Cruz Alta, chegando em casa por volta das 22 horas.

Confira os links com mais divulgação do evento:

http://fabiodeickedesign.orgfree.com/:






Entrevista em aúdio com as bandas, público e organização do festival você confere ao vivo, nesta segunda-feira, a partir das 20 horas, do dia 3 de outubro de 2011, no site radioatitudejovem.com

Release, algumas fotos e videos - by Diones Biagini (Jornalista e Pós Graduado em Comunicação e Projetos de Mídia)

Fotos e Videos - Fábio Deicke (Arte Finalista)















Um comentário:

  1. Ao ler o comentario sobre o festival tenho que comentar sobre o que para min foi o melhor do festival e foi esquecido. Durante a noite apos o show da Xispa divina tivemos o show do Luciano Alves de Porto Alegre, que mostrou suas musicas de letra forte ao melhor estilo Bob Dilan, o que agradou a todos. Tambem tivemos o show da galera de Santa Rosa (Amplifield) que fez quem estava no local curtir muito pois está é sem duvida uma das melhores bandas da região. e mais duas bandas otimas que tocaram até amanhecer. Esquecer um musico como o Luciano e os outro seria uma injustiça. No mais o festival foi perfeito e já estamos aguardando o próximo.

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