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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tatuagem em cores mais vivas do que nunca.



























































































































Quando se faz algo que dá sentido a sua vida e, além disto, se tem a oportunidade de fazer ao lado de seus heróis chamo isto de realização, estou me referindo ao acontecimento do ultimo dia 26 de novembro na boate Kiss em Santa Maria, quando a Arde Rock teve a oportunidade de abrir o show da Rosa Tattooada e é por isto também que aceitei prontamente o convite da Atitude Jovem para relatar o que vivenciei.
Chegamos por volta das 20 horas na boate para a passagem de som e reencontramos nossos amigos da Rosa, enquanto o palco era montado colocamos o assunto em dia, em seguida a Rosa passou rapidamente o som, após foi a vez da Arde. Com tudo acertado no som deixamos a boate para voltar na hora de tocar.
Subimos no palco para a abertura do show pontualmente a 1 hora da manhã e conforme eu disse para a galera que estava presente, foi um desafio para a Arde fazer um show sem tocar nada da Rosa em nosso set list, afinal eles estavam ali ao vivo e em cores e fariam com certeza o desfile de clássicos da banda em seu set list. Nosso show teve duração de 52 minutos conforme a gravação feita na casa. E após apresentar a Arde no término da ultima música que tocamos, eu anunciei o show da Rosa, mais alguns minutos e após retirarmos nosso equipamento do palco surge em cena o trio mais Hard do Brasil.

O show da Rosa começou com a música Carburador do álbum de 2000, seguida por Rendez Vouz de 2005 e após foi a vez de “Um milhão de flores” do Hard Rock Deluxe de 2003, após esta música Jacques apresentou a Banda e agradeceu a presença de todos e anunciou a próxima, uma homenagem que eles prestaram aos Cascavelettes a regravação da música “Novo estilo”. O show foi rolando em um clima de puro Hard Rock sem frescuras com “Miragem”, “Canção do deserto”, “Dólar na calcinha”, “Não pode ser você”, o clássico “Tardes de outono”, e a imortal “O inferno vai ter que esperar”, a qual ofereceram pra galera que estava presente no evento. Após isto Jacques apresentou a Banda começando pelo Valdi Dalla Rosa, o performático baixista que se juntou ao grupo em junho de 2009, depois foi a vez do batera Beat Barea tomar a palavra, já mexendo com o brio da galera e pedindo para fazerem barulho ele apresentou nas guitarras e vocais Jacques Maciel, que novamente tomou a palavra e apresentou o Barea. Ao som destruidor de sua frenética bateria, Beat Barea puxou a introdução do Heavy Metal “O senhor das torres de aço” a qual a galera bangueou a agitou pra caramba.

A Rosa Tattooada já está a 22 anos defendendo o rock gaúcho e como toda banda de rock também possui influências em seu som, foi quando Jacques anunciou que tocariam um cover e escolheram desta vez uma musica dos quatro mascarados de Nova Iorque, como ele mesmo diz, e tocaram “Comin’ Home” do Kiss que agitou a galera rockera. Com a introdução do baixo do Valdi tocaram “Hard Rocker Old School” que recentemente foi gravada e lançada no myspace da banda, após o termino da música Jacques se despede, porém, a galera pede bis e então eles voltam e tocam “Gatinha Tarada”, mais uma vez agradeceram a todos mas antes de descer do palco tocaram “Rock n’ roll até morrer”, que fechou com chave de ouro o show da Rosa em Santa Maria. Como o Jacques mesmo anunciou a Rosa é uma banda sem frescuras e recepcionou a todos após o show no camarim, o que com certeza é mais um diferencial da Banda e demonstra o respeito que eles têm por seu público, a galera aproveitou e fez do momento uma seção de autógrafos e fotos.

Enfim para mim foi uma noite memorável pois além de dividir o palco com ícones do rock gaucho e do país, tive o privilégio de degustar um show espetacular, enérgico e muito sincero, fica agora a espera pelo tão esperado DVD da Rosa que foi gravado em maio deste ano no Opinião em Poa e deve ser lançado em 2011 no fim de março. Sem mais, só me resta agradecer pela oportunidade e saudar a banda com um entusiástico long live Rosa Tattooada.

Resenha por Killermano:
Vocalista, Guitarrista, contrabaixista e compositor, Adriano Pelissari Guilhermano, o KILLERMANO, já tocou ao lado de diversos artistas do cenário do rock gaúcho. Músico oriundo de festivais musicais onde suas composições conquistaram diversas vezes as colocações e prêmios de melhor arranjo.
Atualmente Killermano toca seu projeto de Hard Rock, a ARDE ROCK BAND, onde toca guitarra e canta, com composições próprias, covers e versões de clássicos do pop e rock internacional com releitura Hard e pegada "ardida".

domingo, 21 de novembro de 2010

Rádio Atitude Jovem realizou entrevista com a lendária banda punk, Os Replicantes, na última sexta-feira em Santa Maria












































Ao saber que a lendária banda punk Os Replicantes estaria em Santa Maria resolvemos viajar até lá, de ônibus de linha, para fazermos a cobertura pela Rádio Atitude Jovem, deste importante evento para a cena underground, onde embarcamos no bus Cruz Alta/Santa Maria, às 17 horas do dia 19 de novembro de 2010. Chegando a Santa Maria não foi difícil encontrar o local, o The Grove Music Hall, um verdadeiro lugar do caralho, para os adeptos da música underground, que apreciam um espaço reduzido, para curtir boa música e conversas pensantes. Logo já pudemos perceber que o público da cena punk local ia chegando aos poucos e assim começavam as primeiras rodas punks, ao som mecânico, que iam do clássico ao lado B do punk/hardcore do Brasil e do mundo. Entre rodas, conversas, cervejas e outras coisinhas, a casa foi lotando e fomos percebendo o andar da vocalista Julia e do baixista Heron entre a galera, entre passadas do camarim até os banheiros do bar.

Eis que já eram mais de meia noite, quando Os Replicantes começaram a tocar para mais de 150 pessoas, abrindo com o clássico Boy do Subterrâneo emendando com O futuro é Vortex, onde nos primeiros acordes e pegadas na batera, víamos uns verdadeiros clarões na frente do palco. A empolgação do público era intensa e a adrenalina de todos subia a todo o momento. O calor da festa subiu ainda mais, logo na terceira música do show, Maria Lacerda, a mais conhecida canção do novo álbum (Os Replicantes 2010). Canção esta que foi cantada por muitos, principalmente pelas mulheres, que puxadas pela vocalista Julia Barth, gritavam livres e com muita atitude o trecho: Ela estava certa, viva Maria Lacerda. Após retumbaram nos ouvidos dos punks, os clássicos acordes de baixo da clássica Sandina, para nenhum sandinista de plantão colocar defeito. E assim o show foi acontecendo, onde foram tocadas as músicas: Pra ver se eu conseguia, De sul a norte, Só mais uma chance (Pin Up) e Papel de Mau, até apresentarem uma canção muito lado B, do álbum Sexo e Violência, chamada Mistérios da Sexualidade Humana, que na voz da vocalista Julia, ficou intensamente sexy, por que ninguém melhor do que uma mulher para interpretar a letra que fala dos mistérios da Sexualidade e que diz em uma parte: de onde vêm os bebês... Por que sangrar todo mês?

Entre sons novos é clássicos a casa continuava a cair, foram elas: Sangue sujo, Hippie punk e a clássica Motel da esquina, que me fez lembrar de um cd ao vivo com qualidade de fita, que foi gravado em Cachoeira do Sul, no qual ao entrar desta canção o ex - vocal Gerbase diz: Cachoeira do Sul terra de muitos motéis e enfatiza motéis, risos. Após quase que emendada veio à canção Nicotina, que após o grito de muitos desde o começo do show fora executada, com os mesmos timbres dos anos 80. E é claro que regada a muita fumaça vindas dos crivos que foram acesos e alcançados até a vocalista Julia, que com muito carisma fumou e depois cantou, conseguindo deixar todo mundo muito louco. Na “sequela” veio à nova canção: Alguém explica e aí depois a clássica Surfista Calhorda, que marcou o ponto sonoro e agitado mais alto do festival, com as rodas mais intensas da noite, inclusive sobrando até para o segurança, que fora empurrado, caindo em cima do palco, marcando uma das cenas mais engraçadas da noite. Fato que fez com ninguém mais o enxergasse na frente do palco até o final do show, (seguranças e rodas punks nunca foram uma combinação perfeita). Também pudera, estas rodas foram tão fortes, que alguém iria tomar a pior, desta vez foi a segurança, caso típico em um show. O certo é que rodas como essas só acontecem com tanta efervescência no show dos Replicantes e na música Surfista Calhorda, que também pude observar, em 2004, no Fórum Social Mundial. Por isso, digo com todo a certeza, as viúvas do Wander Wildner não sabem o que estão perdendo, ao não assistirem o show da autentica banda Os Replicantes em 2010.

A seguir mais um clássico surgiu, Eu quero é mucra (esta mais recente do álbum a Volta dos que Não Foram), que interpretada com a voz e as mãos pela vocalista Julia, deixou o público delirando, com o refrão: Já estou cansada de mina bonitinha sonhando em ser modelo, silicone, no peito e na bundinha. Após veio mais algumas canções: Saí daqui, Chernobil, Solo é pra minhoca e para finalizar após muitos gritos e pedidos desde o começo do show, nada melhor do que Festa punk, que no titulo resume tudo o que aconteceu durante esta noite em Santa Maria. E como se não bastasse, a velocidade de festa punk, não foi suficiente para cansar os punks, que pediram bis e foram atendidos com a canção extremamente rápida: I Gonna Leave You, mostrando que mesmo após mais de 25 anos de carreira, a banda continua com a mesma pegada rápida, que uma conceituada banda de punk deve ter.

E para nos a festa e o trabalho prazeroso não acabara ali, pois ainda tínhamos a missão de entrevistar a banda no camarim. Então, após o apoio do camarada Rafinha (um dos donos do The Groove), conseguimos entrevistar primeiramente a Vocalista Julia Barth, após o Guitarrista Cláudio, o Baixista Heron e o Baterista Cléber Andrade, que com muita simplicidade nos atenderam muito bem. Mostrando-nos assim por que possuem tantos anos de carreira, sempre contando o respaldo e respeito do Movimento Punk brasileiro.

A vocalista dos Replicantes, Julia Barth, após ter sido questionada sobre o papel da mulher na música, nos disse: “A mulher sempre esteve presente na música, apesar de que em alguns momentos, este papel tenha sido denegrido, através das groupies, preconceito equivocado, pois elas possuem um papel importantíssimo, uma vez que historicamente sustentaram o rock e deram suporte aos homens. No punk existem muitas mulheres que marcaram época, a Joan Jett, a banda o Blondie que apesar de ser considerada New Wave é uma banda punk, um pouco mais romântica como os Ramones. As mulheres estão presentes em várias bandas punks há muito tempo, mas isso sempre foi muito pontual, principalmente aqui na nossa cena independente, a gente tem sempre uma visão machista de ter bandas masculinas, mas isso vem mudando, eu tenho muitas amigas tocando lá em Porto Alegre. Existem muitas mulheres cantando e compondo muito e fazendo grandes performances, como eu, pois não me considero uma grande “músico”: como cantora eu sou uma grande atriz! Não que eu deixe de lado a história da técnica, mas para o que eu faço no punk rock, às vezes a performance e a atitude são mais importantes. Não estou falando que não precisa existir afinação, mas tu não precisas ser uma grande cantora, pois no punk rock os homens não eram grandes vocalistas. O negócio é meter as caras, ter atitude e pegar junto, muitas vezes o lance é ser macho no vocal, risos. Temos que perder esta coisa de ter que cantar bonitinha, pois a gente e a vida não são bonitinhas sempre. As mulheres tem uma relação com a coisa da vida. Talvez mais fundamental que o homem, pois somos geradoras, mesmo nos sendo mais frágeis”.

A vocalista Julia ainda nos falou sobre a regravação da música dos anos 80, Terrorismo sem bomba (Original da banda os Cobaias): “A música é antiga, mas retrata o que a gente está vivendo atualmente, todos os dias, este pânico que a mídia nos passa, a questão dos Estados Unidos, o terror é muito subjetivo, o que é o terror? Mas existe uma guerra contra o terror, o terrorismo sem bomba é o que faz a gente achar que vamos entrar numa crise financeira a qualquer momento e que as coisas nunca irão dar certo e que seremos escravos de um sistema econômico ou de modos de comportamento. Tudo isso, por causa de uma ameaça de uma coisa não palpável, o terror. Eles dizem que a gente tem que se preparar para coisas ruins que podem acontecer. Eles querem que nós estejamos sempre preocupados, e não é assim que deve ser. Trazem uma maneira de nos escravizar, de nos manter aterrorizados com a violência, com as drogas e com o Rock n Roll, risos. Os Replicantes, por exemplo, apesar de tratarmos sobre temas sociais, muitas vezes falamos que queremos uma festa punk, que queremos nos divertir ou que queremos sexo, não estamos preocupados com o discurso político. Temos um compromisso social, mas estamos mais ligados em fazer uma música boa e divertir as pessoas.”

Julia finalizou a entrevista destacando sobre o cenário independente: “A cena independente segue firme, mas é complicada, temos que ter perseverança, pois nem sempre a gente consegue ter um retorno financeiro como gostaríamos, mas pensamos será que é isso que importante? Já que temos outros empregos que sustentam nossas casas. A pretensão não é mais virar rock star e viver muito bem só disso. Iria ser ótimo, mas a gente sabe que temos um momento, que é só nosso e que é tão importante, independente de dinheiro ou não o que aconteceu aqui, por exemplo, não tem preço. Estar junto com uma multidão de pessoas que gostam e acreditam no que a gente faz e que cantam junto, isso não tem preço, enfatizou a vocalista.”
O Guitarrista e fundador dos Replicantes, Cláudio Heinz, ao ser perguntado sobre a relação das novas mídias como instrumento de divulgação da música, nos disse: “Os Replicantes ainda não descobriram este lance de divulgação intensa, através da internet. Mas essa é a grande sacada, apesar de as pessoas ainda conhecerem as nossas músicas, através do modo de divulgação antigo, por meio das nossas gravadoras dos três primeiros discos, na época que a divulgação e a distribuição eram muito fortes. Por exemplo, existem pessoas que conhecem nossas músicas desde os anos 80, por causa deste trabalho que as gravadoras fizeram naquele tempo, somos lembrados no Belém do Pará, Recife, entre outros estados. Fizemos duas tours européias no circuito alternativo e muitos que foram nos nossos primeiros shows na Europa, nos acompanharam na segunda vez, que estivemos lá. Eu acredito que nós deveríamos dar este novo álbum, para as pessoas conhecerem mais os novos sons. Nos anos 90, mesmo sem gravadora, por exemplo, muitas músicas ficaram conhecidas nos shows, através de uma bagagem que já tínhamos, desde os primeiros discos.”

Claúdio ainda destacou, que a ideia é que a banda talvez volte a Europa em 2012: “Eramos pra ter ido em 2009, mas teve aquele lance da crise econômica, então resolvemos não ir naquele momento. Vale a pena tocar na Europa, temos bons contatos por lá, através do Zé Ex - No Rest, hoje da Bandinha que dá dó. Em relação à cena aqui no sul, eu acompanho as bandas que tocam em Poa e quando vamos no interior, pego os cds e depois ouço em casa, tenho uma certa frustração, pois como bom fã de punk rock e suas vertentes, eu gostaria que mais pessoas escutassem essas bandas independentes, que eu tenho acesso.”

Sobre a relação com os exs vocalistas Wander Wildner e Gerbase, Cláudio disse: “O Gerbase teve que sair da banda por causa de compromissos profissionais, ele é cineasta e professor de fotografia, ficava difícil pra ele conciliar com a banda, a gente também tem outros trabalhos, mas é diferente se consegue conciliar. O Gerbase me liga às vezes e fala sobre a banda, pois ele gostava muito de cantar conosco. Já a relação com o Wander é boa, nos damos bem. Eu sinceramente gosto mais do Gerbase, a gente tem um pouco de mágoa, por que o Wander é muito individualista, fizemos três bons discos e após isso, ele disse que queria sair da banda, para fazer carreira solo. Ele não leva a nossa simpatia, mais ele é muito bom músico é “afude”, fizemos coisas legais com ele, só que tem esse lance individual e que de repente, ele esteja certo, pois tem que sobreviver da música. Por exemplo, se a algum de nos deixar de tocar, não tem problema, o que talvez pra ele seja o almoço de amanhã. Por isso temos que entender este pensamento dele. Ele tem que sobreviver da música. E já nos temos outras atividades que nos mantêm.”

Heron Heinz ainda nos contou o que cada integrante faz além da atividade com a banda: “Eu trabalho na Prefeitura de Porto Alegre, há 15 anos como técnico de espetáculos, trabalhando com som e luz, direto com cultura, fato que me deixa bem triste, por verificar de perto a pouca importância que os governantes dão para a questão cultural. O Cláudio Heinz é Técnico em Informática, o Cléber é Professor de Educação Física e a Julia é agitadora cultural. A gente se vira e tocamos por que gostamos. Realmente isso é pra quem gosta e não é pra quem quer.”

Conforme o guitarrista e fundador dos Replicantes, Heron Heinz “O Replicantes em 2010, esta bacana, fizemos um show estes tempos relembrando todas as músicas do álbum Futuro é Vortex e quando tu vai ver tem músicas que faziam 20 anos que nos não tocávamos, daí tu pensa, mas fui eu e o Cláudio que fizemos elas e esta difícil de tira-las de novo, risos. O legal de ter uma longa história de banda é que podemos fazer vários set-lists e ir variando eles, dessa forma pessoal vai curtindo as nossas músicas, ainda mais agora com a Julia trazendo releituras, através do vocal feminino. Pretendemos fazer uma turnê de van por algumas partes do Brasil, mais ou menos nos moldes da que fizemos quando fomos a Europa. Queremos tocar todos os dias.”
Sobre a década de 80, Heron disse: “Essa época foi legal, a questão do bom fim, da Osvaldo Aranha e de toda aquela cena punk e o bacana disso tudo é que os bares de rock estão voltando naquela região.”

O baixista e fundador dos Replicantes, ainda destacou o trabalho que a Rádio Web Atitude Jovem, vem desenvolvendo na cena independente: “O que eu tenho a dizer é que vocês devem seguir nessa, fazendo isso, pois é um grande favor que vocês estão fazendo para o público roqueiro e para os músicos. Vocês estão de parabéns.”
Conforme o baterista dos Replicantes, Cléber Andrade, “Estávamos conversando com os alunos da Universidade ontem em São Borja, sobre a questão de a arte ser atemporal e Os Replicantes tem muito disso, pois tocamos músicas de 20 anos atrás e que se parecem atuais e o legal disso é que o público desta nova geração jovem conhece e se identifica. Aí está um dos lados legais da música, na arte as coisas perduram e isso só acontece com as bandas autênticas, não com as das modinhas, pois estas são passageiras. Quando você faz algo que acredita, as coisas se perpetuam. Tenho um projeto social na área da Educação Física, trabalho com crianças de rua e sempre que possível, a gente passa o lema faça você mesmo, fazendo com que os mesmos busquem as suas histórias e acreditem na cultura e no esporte, quebrando com este estigma de que a música é para poucos, sendo da elite.”

Sobre o cenário independente, Cléber percebe que Os Replicantes em 2010, estão conseguindo tocar em vários locais, “tocamos na semana passada em Passo Fundo, ontem em São Borja e hoje em Santa Maria e isso esta sendo muito legal, pois fazia um bom tempo que a gente não tocava nestas cidades. O cenário esta tendo uma retomada, mas é aquela história, existem lugares que tem pessoas legais, que fazem as coisas acontecerem. Tivemos o exemplo aqui em Santa Maria, ontem em São Borja, onde um professor criou uma cadeira na Universidade, chamada Sociologia do Rock e que a partir daí junto com os alunos, fundaram o festival Pampa Stock, que irá acontecer por muitos e muitos anos e que teve mais de 50 bandas inscritas nesta última edição. Então é isso, as pessoas têm que ter vontade de correr atrás e fazerem as coisas acontecerem.”

Para concluirmos esta release percebemos que entre canções novas e antigas, Os Replicantes em 2010, continuam com o mesmo pique, pegada e autenticidade dos anos 80, através de muita atitude e persistência dos fundadores, Heron Heinz (Baixista) e Cláudio Heinz (Guitarrista), que junto com a originalidade e inteligência do baterista Cleber Andrade e a presença de palco incansável, da nova vocalista Julia Barth, nos dizem por que Os replicantes são uma lenda viva do punk, após dez cds gravados e mais de 25 anos de carreira. Realmente posso dizer aqui com toda certeza que os caras e a mina, estão mais vivos do que nunca e que as canções da década de 80, nos mostram ser muito atuais, levando um ideal aos mais novos, que mesmo sem ter vivido na época das suas criações, hoje em dia, podem acompanhar este legado constante, que as músicas deixaram e continuam deixando para a história do movimento punk e para o mundo como filosofia de vida, diversão e crítica social. E então após a entrevista, ainda conseguimos assistir um pedaço do show de encerramento com a antiga banda santamariense TSF, que conseguiu segurar o público até as 5 horas da manhã, quando encerraram a apresentação, derrubando a bateria no chão, sem contar que um dos integrantes encerrou o show semi nú. Mostrando mais uma vez, muita atitude depois de mais 8 anos de banda. Após o evento fomos realizados e honrados para a rodoviária, onde esperamos o embarque das 5 horas e 45 minutos. Chegando em Cruz Alta, por volta das 07 horas e 45 minutos do dia 20 de novembro.

Mais informações sobre o novo cd: Os Replicantes 2010, você encontra no site www.osreplicantes.com.br

Release e entrevista by Jornalista Diones Biagini.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Alimentos arrecadados no Porão do Rock Festival foram entregues na última quarta-feira


Mais de 500 quilos de alimentos foram arrecadados na última edição do Porão do Rock Festival, um dos maiores festivais do Rock Underground Gaúcho, que foi realizado em Cruz Alta, no mês de setembro. De acordo com o jornalista e produtor musical do evento, Diones Biagini, "Foram superadas todas as expectativas de público, na última edição do Porão do Rock Festival. Desta forma conseguimos arrecadar muitos alimentos, que foram entregues, na última quarta-feira, dia 10 de novembro, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Cruz Alta, que posteriormente fará o encaminhamento as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Diones Biagini, ainda destaca que mais de 600 pessoas prestigiaram o evento, trazendo mais de 500 quilos de alimentos, unindo o rock a solidariedade. Houve mobilização social por esta causa, em várias cidades, Santa Maria, Butiá, Giruá, Julio de Castilhos, Palmeira das Missões, Ibirúba, Ijuí, Panambi, Horizontina, Cruz Alta, Canoas, Feliz, Catuípe, Marau, Espumoso, Santo Ângelo, Frederico Westphalen, entre outras."

O Porão do Rock Festival é realizado de forma independente, através do movimento roqueiro da cidade, contando com o apoio da Prefeitura Municipal de Cruz Alta, através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Grafiteiros de Cruz Alta mostraram trabalho de arte no evento Mais Bela Comunitária no último sábado









No último sábado, dia 13 de novembro, durante o conhecido evento Mais Bela Comunitária, em Cruz Alta, foi apresentado como pano de fundo do evento, uma mostra artística de grafite, envolvendo a temática Bairro e Mais Bela Comunitária.
Segundo Diones Biagini, jornalista da Rádio Atitude Jovem “Como fomos pioneiros no fomento do grafite em Cruz Alta, a UAMCA (União das Associações de Moradores de Cruz Alta), através de alguns militantes do movimento comunitário, veio nos solicitar o contato de alguns grafiteiros do município. Então conversamos com os artistas e a partir daí eles fecharam a parceria.”
Conforme um dos Coordenadores do Mais Bela Comunitária, Carlos Diniz “Tivemos a ideia de mostrar um pano de fundo, diferenciado dos outros anos e o grafite veio acalhar, com nossos objetivos. Deixamos aqui o nosso agradecimento em nome da UAMCA, aos grafiteiros Mano Talles e Mano Rogério, que desenvolveram um ótimo trabalho, sendo destacado ainda mais com a iluminação do fundo do palco no evento.
Conforme o grafiteiro Talles “Viemos conquistando o nosso espaço e assim mostramos a força do movimento do rap e a arte do grafite, para aqueles que ainda não conhecem.” Para o grafiteiro Rogério “o grafite é uma cultura de rua, que surgiu na periferia e nada melhor do que apresentar a nossa arte num evento que envolve os moradores dos bairros de nossa cidade.”
Video: Produção do Grafite.

Rádio Web Atitude Jovem realizou a cobertura do 1º Viradão - 33 horas de Esporte e Cultura em Frederico Westphalen




O jornalista Diones Biagini da Rádio Atitude Jovem, participou do 1º Viradão da Cufa (Central Única das Favelas), no dia 14 de novembro, último domingo em Frederico Westphalen. O objetivo da viagem foi o de aprofundar conhecimentos no âmbito do basquete de rua, grafite, música, skate, fotografia, cultura, entre outras atividades alternativas.

Segundo Diones Biagini “Foram muitas as atividades, pudemos observar como foi feita a organização do Campeonato de Carrinho de Lomba, dos Shows, do Encontro de Skate, da exposição de carros antigos, entre outras, que pretendemos fomentar, também em nosso município. A nossa participação neste evento foi fundamental, para percebermos uma outra realidade, no âmbito das atividades culturais alternativas, onde a interação e o contato com militantes e organizadores do evento, contribuirão muito para o realizarmos novos projetos, no decorrer de 2011.”

Diones Biagini, ainda ressalta que além dele representaram o nosso município, o grupo de Rap Exército Vermelho e o grafiteiro Talles, ambos se destacaram muito, através dos seus trabalhos artísticos, apresentados durante o evento.
Conheça o evento:

Teve a duração de 33 horas ininterruptas de atividades esportivas e culturais:
Iniciou: 9h do dia 13 de novembro
Términou: 18h do dia 14 de novembro
Tema: Este ano o tema será “Educação”.
O evento foi regional, no município foi realizado em diversos locais e bairros, e envolveu muitas atividades como:

-Basquete de rua -Jiu Jitsu -Jump

-Skate - Taekwondo -Aulas de alongamento e ginástica

-Dança de Rua -Bocha e cartas -Danças tradicionalistas

-Futebol -Grafite -Sinuca

-Fotografia - Xadrez -Futsal

-Atletismo -Tênis -Musculação

-Recreação -Yoga - Música -Capoeira

Rádio Atitude Jovem fez a cobertura do show da Arde Rock Band, na última sexta-feira em Cruz Alta








Cheguei ao Pub (Mr Jack), por volta da uma da madrugada, do dia 12 de novembro, com o intuito de realizar a cobertura do show do quarteto da Arde Rock Band de Santa Maria. Logo já pude perceber, que a banda tocava as canções em cima, mostrando muita interação com o público, atendendo as várias solicitações musicais que a galera pedia, inclusive atendendo ao pedido de execução de uma música do Sex Pistols, que mesmo fugindo ao repertório da Arde, foi executada no improviso para não deixar ninguém na mão e assim o show foi acontecendo, através das boas negociações que o interativo vocalista e guitarrista cruz-altense Killermano, fez durante a apresentação, sentindo-se muito bem de volta a sua terra natal. Canções clássicas do Hard Rock, músicas próprias e Rock n Roll dos anos 80 marcaram a noite da última sexta-feira, em Cruz Alta, onde o encerramento da apresentação ficou por conta do cover em cima da canção clássica Smoke in The Water.

sábado, 6 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Banda Clipado Trio realizou show no último sábado em Cruz Alta e a Rádio Atitude Jovem esteve presente no evento.









Cheguei ao Auditório Pub de Cruz Alta, por volta das 22 horas e 30 minutos, do dia 30 de outubro de 2010, com o intuito de realizar a cobertura do show da trinca de músicos da Clipado Trio (Rock n Roll Instrumental de Cruz Alta). Já de cara, percebi um clima de paz e amor, onde mais de 60 pessoas, entre público e convidados, fizeram-se presentes na festa.

Passado das 23 horas, a banda Clipado Trio, começou a tocar para um público da antiga do rock, convictos do que queriam escutar. Canções instrumentais e de autoria própria com belos timbres audíveis, em um tom acessível demais aos ouvidos daqueles que curtem boa música, deram início a uma apresentação muita interativa entre o público e a banda (vice versa), onde um clima rock family and brothers, se fez presente em todos os momentos da apresentação, passando uma intensa harmonia, paz e psicodélia ao local do evento. A apresentação da banda e a do nome das canções surgiram já na segunda canção, ditas com muito bom humor nas falas de Fabiano Queiroz e Luciano Grunwald, que assim junto com o baterista Matheus, se destacaram pela excelente performance de palco e qualidade sonora retirada de seus instrumentos, durante o show do power trio, que mostrou muita sincronia e entrosamento entre a banda, oscilando entre músicas complexas e simples, conseguindo chapar literalmente os ouvidos de muitos fãs do rock da antiga, com destaque a canção Bola de Sabão, através de um som instrumental que falara por si só.

No final do show, a banda resolveu fazer uma brincadeira interativa com o público, como se fosse, em um ensaio na sala de casa, aproveitaram a acústica do espaço pequeno e trouxeram um breve histórico da banda, com muita recíproca do público, que pode aí sim cantar, junto com uma canção interpretada por Fabiano Queiroz, fechando o show, após uma hora de apresentação, com influencias de clássicos do rock da antiga, principalmente os de Stevie Ray Vaughan. Isso por volta da meia noite e meia.

Conforme o Baixista da banda Clipado Trio, Luciano Grunwald “Começamos sem pretensão nenhuma, tudo muito natural em estúdio e hoje resolvemos mostrar nosso som, pra galera que vem nos acompanhando no dia-a-dia. Sobre a cena independente, vejo que as bandas vêm ocupando o seu espaço e a internet esta aí, para pulverizar o trabalho dos músicos, o lance é investir em gravação e divulgar na web. Trago o exemplo da Rádio Atitude Jovem, que divulgou nosso som para pessoas que estavam escutando em São Paulo e até mesmo na capital do Uruguai. Por isso digo para as bandas, não guardarem seus sons para si. Temos que utilizar a internet, como ferramenta pulverizadora da música.”