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domingo, 12 de dezembro de 2010

Mais uma da Rádio Atitude Jovem: Confira a cobertura do show e a entrevista com a maior banda independente do Brasil, o Velhas Virgens






























































































































Ao saber que a maior banda independente do Brasil, o Velhas Virgens, estaria em Santa Maria, resolvemos viajar até lá, de ônibus de linha, para fazermos a cobertura pela Rádio Atitude Jovem deste importante evento para a cena independente. Embarcamos no bus Cruz Alta/Santa Maria, às 19 horas do dia 9 de dezembro de 2010, chegando a Santa Maria não foi difícil encontrar o local, a Boate Kiss, com uma mega estrutura preparada para shows de grande porte.

Logo, já pudemos perceber que o público da cena rock e frequentadores assíduos da boate formavam fila em frente ao local. Em meio a muitos ambientes, seguimos logo a pista de shows, onde percebemos a casa lotada em todos os ambientes, onde mais de 2000 pessoas fizeram-se presentes.

Eram mais de meia noite, quando a banda Tia Sica, de Canela-RS, abriu os trabalhos tocando clássicos do rock n roll, fazendo covers de Raulzito a Cely Campelo. Trazendo muita irreverência no palco, já pudemos perceber que a noite ia basear-se em três temas: b.u.c.e.t.a, cerveja e Rock n Roll, uma vez que foram diversas as vezes que o vocal da banda de abertura incitou tais palavras, aquecendo o público e dando uma prévia do que estava por vir, Velhas Virgens, que entraram sem muita demora. Após a introdução que levou o público abaixo, com o refrão “Agora eu vou... eu vou... pra dentro da garrafa”, abertura perfeita para um show das Velhas Virgens. Após surgiu a canção “Tudo que a gente faz é pra ver se como alguém”, seguida por “Toda puta mora longe”. Não demorou muito para surgiu uma das músicas mais conhecidas do novo álbum “Ninguém beija como as lésbicas”, a canção “Cafajeste”, que com bela interpretação da vocalista Jujú, fez o público vir abaixo, também com a clássica “Abre essas pernas”, com direito a muito rock e performance de palco. Outro momento marcante do show foi na música Siririca Baby, sonzera que intimidou alguns casais e excitou outros, a partir de gritos enlouquecidos hora por algumas mulheres que gritaram sem timidez, eu toco siririca baby, hora pelos homens que gritavam em coro eu toco bronha.. eu toco bronha, canto que uniu-se no final da música, fazendo a casa vir abaixo, entre bronhas e siriricas.

E para quem não foi ao show posso resumir o que aconteceu por lá em cinco temas: Rock, Safadeza, Cerveja, Teatro e Bom Humor; através dos loucos discursos do Vocalista/Gaita Paulão de Carvalho, que foram desde o sexo até as modinhas musicais da atualidade, onde sentiu-se a vontade ao esculachar com muita franqueza e certeza o estilo Emocore, falando sobre suas músicas choronas e roupas coloridas. Paulão entrou com muita energia no palco com uma capa preta irreverente e saiu com a mesma energia de um garotão de 20 anos, ao vestir uma camiseta com a frase “Vai tomar no cú...”, agitou muito no fim do show, com a intro que também serviu de conclusão para aqueles que após mais de 2 horas e meia de show, ainda cantavam enlouquecidos, “Agora eu vou... eu vou, pra dentro da garrafa, agora eu vou... eu vou, pra dentro da garrafa...” refrão que resumiu a incrível sensação de muitos que ao verem Os Velhas Virgens no sul do Brasil, tiveram seus pedidos de fim de ano realizados pelo Gênio da Lâmpada, ou melhor, o Gênio da garrafa (música do novo álbum: Ninguém beija como as lésbicas).

E não é atoa que a banda é muito respeitada pelos fãs de Rock n Roll, que jamais se influenciam pela grande mídia e que segundo Paulão não abre as portas para eles, fingindo fazer com que a banda não exista. Fato que nos mostra que com muita organização e objetivo, tem como vencer na música independente, através de vias alternativas. E foi justamente pensando nisso, que fiz a primeira pergunta ao guitarrista/backing vocal e fundador das Velhas Virgens, Alexandre “Cavalo” Dias, em entrevista após o show, nos camarins “hoje tocar Rock n Roll é ser independente, eu posso perceber por São Paulo, hoje em dia tem muitas casas de shows e bandas, só que não rola grana, muitas bandas de vários estados foram pra Sampa, buscar um nicho de mercado. Mas ao mesmo tempo em que isso acontece, o sertanejo esta dominando a capital, assim como na década de 80, mas como tudo, isso vai e volta é tudo muito passageiro. Hoje em dia tem esse rock colorido, como foi Menudo nos anos 80, o que me deixa um pouco preocupado, é a falta de referência da nova geração. Mas a cena independente rock uma hora dominará de novo”, ressaltou Cavalo.

Cavalo ainda nos falou sobre a cena independente no Rio Grande do Sul, “esse estado é sempre do caralho, você faz por exemplo, um reff do ACDC, a galera vibra, saca a linguagem Rock n Roll, adoro tocar no RS, pretendemos gravar um dvd em Porto Alegre.”
Além disso, o guitarrista ao ser questionado sobre a ideia da letra “Ninguém beija como as lésbicas”, nos disse: “eu e o Paulão, viemos conversando faz tempo sobre as lésbicas, no nosso show tem um monte de moças que se beijam em frente ao palco, isso é legal é bonito de se ver, não é que elas beijem melhor é que elas beijam diferente é outro universo, elas são carinhosas, esse mundo bissexual é gostoso de ver, eu tenho 40 anos, na minha época era diferente, hoje é uma loucura, é saudável, a moçada tem mesmo é que saber o que quer da vida e se libertar.”

Ainda perguntei sobre o que mudou na banda dos anos 80 pra cá? “O espirito continua o mesmo, nos comparam com o ACDC, não que a gente faça um som parecido com eles, mas sim porque não perdemos nosso características iniciais da banda, não vamos mudar, temos nossa marca é nossa vida e ao mesmo tempo nossa perdição, nunca vamos ficar ricos com a música, mas vamos tocar até os 90 anos e teremos sempre alguém pedindo pra gente tocar o som Só pra te comer, eu não troco essa vida por nada, nem pra ser gerente do Bradesco.”

Sobre a questão de outras profissões, além da música, Cavalo nos falou: “vamos lá, o Vocalista Paulão de Carvalho - vocalista é produtor do Sbt, faz o Domingo Legal, ele ganhou muita grana na época do Fantasia, gravando a música do Programa, podendo comprar um apartamento. O Baterista Tuca Paiva - Baixista é advogado, eu tenho uma editora de Livros em Santos, o Símon - Baterista e o Roy Carlini – guitarrista, são Músicos, a Juliana Kosso (Juju) é Professora de Canto. Todos nos temos outros trampos, mas poderíamos viver de música, mas a gente que abrir nossos caminhos, temos outras bandas, temos filhos e tudo isso é muito divertido.
Pra finalizar Cavalo nos falou sobre o potencial das rádios e da internet, “tudo mudou pra banda, a partir da internet, quando fizemos o site em 1998, as pessoas devem acreditar na internet, as bandas não podem é sair gravando rapidamente espere o seu som amadurecer, leve sua música ao público, para saber se eles querem seu som, espere mais de um ano para gravar, não reclame de que as oportunidades não surgem, a gente toca B.U.C.E.T.A e as pessoas dão abertura pra gente. Se você tem um bom trabalho as portas irão abrir. Deixamos aqui o nosso alô para o pessoal que escuta a Rádio Atitude Jovem de Cruz Alta, vamos lá, curtir o Rock n Roll, curtir música boa que é o que interessa.

Conforme a vocalista da Velhas Virgens Juliana Cosso (juju) “antes das Velhas Virgens, já era independente e sempre lutei pelas coisas, por isso sei o quanto é difícil divulgar o seu som, ainda bem que existem os sites, as rádios na web, as Tvs, para aqueles que tem opinião possam escolher o que querem, fugindo daquilo que a grande mídia manda a gente engolir. Existe uma galera que gosta de coisas diferentes, mesmo assim o espaço ainda é muito pouco para muita gente de talento”.
Sobre o papel da mulher na música, a vocalista Juju nos disse: “mulher ainda sofre muito preconceito na música, já vivi isso, é muito complicado alguém abrir as portas pra você, podemos ver que existem poucas meninas que são conhecidas pela massa, geralmente as pessoas não olham o talento, querem tirar “casquinha”, porque é bonitinha e por ai vai. Então você tem que provar que realmente tem talento e não é mais uma mulher na música. Existem muitas mulheres com talento, a Melissa Crows, entre outras. Faz 2 anos e meio que estou na banda e entrei no lugar da Lili, que saiu para trabalhar com advocacia, eu fazia show com a Coiotes, abrindo para as Velhas Virgens e o Paulão gostava muito da banda e me convidou, inclusive ele já participou de um disco com a Coiotes, e assim acabei entrando na banda, pois já tinha uma relação boa com as Velhas, daí fiz alguns free lances, antes de entrar definitivamente e assim foi tranquila a minha entrada. Parecia que estava na banda a muito tempo, apesar de ter ficado meio surpresa no começo, pois nunca paguei de mulher gostosa, nem me acho, mas o Paulão me disse: “tem que ser você mesma”, ele foi muito maravilhoso comigo e eu respeito pra caralho o Velhas Virgens, pois é uma banda independente de verdade, é tudo na raça. Tudo que temos de mimos, foi porque os caras conquistaram, estou pegando carona na melhor fase da banda, eu só tenho que agradecer este convívio com pessoas legais, com fãs ótimos, não tenho nada a reclamar, todo mundo sabe o que é o personagem e o que é a Juliana. Fazem 10 anos que sou Professora de Canto em Jundiaí e também dou aulas particulares, atualmente também desenvolvo um projeto paralelo, que se chama Estranhos no Paraíso, um projeto inteiramente diferente do Velhas, algo mais na linha dos Beatles e Mutantes, uma parada mais calma, está sendo legal, pois inclusive os fãs que acompanham o Velhas estão se identificando com este novo som. Em breve iremos mixar e lançaremos lá em Jundiaí – SP, e depois divulgaremos na internet”.

Juju finalizou falando sobre o ótimo clima do público no show em Santa Maria: “foi muito bom ter tocado em Santa Maria pela primeira vez, senti a maior energia do público, foi lindo, é gostoso sair de casa e voltar dizendo, valeu a pena! Viemos de “busão”, raramente a gente viaja de avião, ficamos de 13 a 14 horas dentro do ônibus e foi “foda”, mas eu sou uma pessoa paciente, que não tenho problemas em ficar todo esse tempo dentro dele, pois o ambiente é legal e se não fosse, aí sim seria difícil. Você tem que ter paciência, força de vontade, tem que saber lidar com um grupo de pessoas, pois cada um tem uma cabeça e um gênio e é assim que a gente segue caminhando”.

A última entrevista da noite foi com o vocalista e fundador da banda, Paulão de Carvalho, que com muito bom humor começou falando sobre a grande mídia, internet e a relação com a banda Velhas Virgens. “As pessoas precisavam mais da grande mídia nos anos 80 e 90 e a internet é a grande libertadora de todo mundo, pois você vê que as bandas hoje em dia, em vez de dizerem: vendemos tantas mil cópias, eles dizem tivemos tantas visualizações no youtube! Vejamos como as coisas mudaram, não custa nada acessar, mas alguém vai começar a ganhar dinheiro com isso tudo e vai ser uma bosta. Mas hoje a internet ainda é um negócio ainda muito democrático, que permite que você coloque a sua banda hoje na rede e amanhã ela seja vista pelo mundo inteiro, mas só há um problema nisso: é o de você colocar um produto pra muita gente ver, que não esteja maduro, as vezes isso acaba derrubando um trampo, mas ainda assim a internet é o caminho. A independência permite que você trabalhe a qualidade e não o que o mercado esta querendo, até porque o mercado não sabe o que ele quer, essa coisa de grandes emissoras esta tudo indo para o buraco. Estamos vivendo um momento curioso e nós vamos ver a derrotada dessa merda toda, desses dinossauros que acham que mandam na cultura e que a cada verão inventam um novo som, isso vai ir tudo pro buraco, vai sobrar quem tem competência e quem é organizado".

Sobre os novos planos das Velhas Virgens e a possibilidade de irem para Europa, Paulão disse: “ir para Europa é o meu tesão pessoal, não é o do Cavalo, pois a gente canta em português e isso é muito complicado fora do Brasil, até mesmo em países de língua latina, as pessoas não entendem direito o que a gente fala, pois o nosso som tem muita gíria e putaria e talvez não funcione bem lá fora. Tocamos no Paraguai uma vez e eu tomei o maior coro de maricon que eu já ouvi na minha vida, porque estava cantando Siririca Baby e lá isso não é uma palavra pra masturbação feminina e por isso confundiram e acharam que eu era “viado”, também estou cagando para o que eles pensaram. Mas temos novos planos para 2011, ou seja, lançar a nossa cerveja, um dvd de documentário, que se encontra pronto e mais um dvd novo em homenagem aos 25 anos das Velhas Virgens, onde o público poderá escolher, um top 15 das melhores músicas das Velhas Virgens, que irão pro dvd. Enfim, como somos pais, eu estava falando pro guitarrista cavalo, pra gente fazer um disco infantil, com paródias dos nossos sons, por exemplo, ao invés de ser “Abre essas pernas”, pode ser “Troca essas fraldas pra mim mãe?”, risos. Enfim, o segredo de você sobreviver na cena independente e ter sempre planos novos e diferentes. E isso a gente tem de monte”.

Ainda perguntei ao vocal sobre a diferença entre a banda nos anos 80 e na atualidade: “fomos evoluindo, começamos em 1986, mas no começo não éramos uma banda madura, a gente lançou o primeiro disco em 1995 e daí já tínhamos mais trampo com 9 anos de banda. Eu acho que existe muitas pessoas politicamente corretas, muitas lutando pelos direitos da humanidade e as vezes as pessoas esquecem que a grande coisa da humanidade, é o toque, a carne, são os cinco sentidos, eu acho que falar de sexo ainda é muito revolucionário, discutir sobre lesbianismo, homossexualismo, sexo livre, de bebedeira, de putaria, ainda é uma discussão muito interessante e provavelmente vai se estender por muito tempo, bem mais do que se a Dilma é boa ou ruim e se o Presidente da França vai ser bom para o povo, ou se a mulher dele é gostosa. Acho que estamos discutindo uma coisa muito mais profunda que isso, que é a sexualidade humana, que é o amor, o prazer e o cacete a quatro. Por exemplo, tem uma mulher lá em Santos que tem 60 e poucos anos e que vai nos nossos shows sempre, ela diz: se eu tivesse Velhas Virgens quando era adolescente, eu não precisaria ter feito várias terapias e não tinha que ter escutado tanta merda! A religião usa o sexo para coagir as pessoas e nós temos a pretensão de fazer o contrário, a gente usa o sexo, a bebedeira e a boemia como forma de libertação, isso não é apologia às drogas e sim de tudo, use tudo, mas fique vivo".

Para finalizar a entrevista Paulão nos falou sobre a sensação de tocar em vários estados e sobre a moda Emocore na atualidade: “existem grandes bandas no nordeste, no sul, no centro oeste, a gente tem tocado por lá, no norte um pouco menos, mas lá conheço boas bandas. Hoje o pessoal sabe que pode formar uma banda e ser visto e isso acontece. Se bem que surgem algumas bostas como o Restart, mas os meninos gostam dos que eles fazem, se bem que eles não sabem que isso é uma bosta, eu não posso criticá-los, na real eu posso sim, vão tomar no cú”.

Para finalizar, o Paulão me indicou algumas bandas destaques do cenário independente. “Eu vou falar de uma banda de São Paulo, que é de um grande amigo meu, o vocalista Mário Bortolloto e que tem o Fábio Brum na guitarra, o Watanabe na outra guita, o Vecchione, filho do Oswaldo do Made in Brazil, numa puta cozinha e o Fábio Pagotto no baixo e a Lu Vitaliano no vocal, formam Os Vigaristas. Temos também a Saco de Ratos de São Paulo, enfim, antes você tinha ondas mandadas pela mídia e hoje você tem várias ondas em paralelo. Aqui no Rio Grande do Sul, temos o Cartel da Cevada de Porto Alegre, grandes cachaceiros vagabundos, inclusive participei do disco dos caras, com muito orgulho. Amanhã dia 10 de dezembro, em Erechim irei participar do show dos Novos Velhos, aqui do Rio Grande do Sul. Eu sempre procuro fazer essas jams. Mudando de assunto, mas seguindo a linha, estamos pra lançar dia 25 de janeiro de 2011, um novo disco de Carnaval em homenagem a nossa cidade, pois todo mundo fala bem do Rio de Janeiro, o Rio é uma mulher de bunda pra cima e São Paulo e Porto Alegre já são duas mulheres mais complicadas, então resolvemos fazer um cd para a nossa mulher mais complicada, que é São Paulo. Esse disco terá a participação do Paulo Miklos do Titãs, do Roger do Ultraje, do Nasi, do Vandi do Premêditando o Breque, entre outros. Por isso eu penso se eu consigo ligar para esses caras, que sempre foram meus ídolos, porque eu não vou dar uma força pras bandas que acham que a minha presença vai ajudá-los. Queremos tocar o Rock n Roll pra frente, não somos a locomotiva dessa porra, mas não somos o último vagão, na verdade nos somos o bar deste trem, risos."

Paulão deixou um alô para os ouvintes da Rádio Atitude Jovem: “galera da Atitude Jovem de Cruz Alta - RS, muita força pra vocês, desde sempre os caras querem nos manipular e as rádios na internet são uma ferramenta muito democrática e poderosa, por isso escutem boas músicas e não deixem o pessoal empurrar a banda do Fiuk na sua orelha, vá procurar coisas boas na internet e isso tem bastante, nada contra o Fábio Junior, sou fã dele, mas o Fiuk é um bosta”.

Para concluirmos este release com entrevista, percebemos que entre canções novas e antigas, O Velhas Virgens, com quase 25 anos de carreira, possui muito pique roqueiro, pois além de mostrarem muita energia no palco, mostraram-se ser verdadeiros guerreiros do Rock n Roll, pois acreditam no que fazem e contribuem intensamente para o crescimento da cena independente. Com muita inteligência e foco, principalmente dos fundadores, Paulão e Cavalo e da vocalista Juju, a banda viaja de busão ou de avião, mas sempre com a mesma essência, sacada e simplicidade que a maior banda independente do Brasil nos mostrou ter. Provando que existem formas bem humoradas de se discutir temas que norteiam a sexualidade do ser humano, assunto este que ainda deixa dúvidas na mente de muitos.

Após o evento fomos realizados e honrados para a rodoviária, onde esperamos o embarque das 5 horas e 45 minutos. Chegando em Cruz Alta, por volta das 07 horas e 45minutos do dia 20 de novembro.

Mais informações sobre O Velhas Virgens, você encontra no site www.velhasvirgens.com.br

Release, fotos e entrevista by Jornalista Diones Biagini.
Mais fotos podem ser vistas no orkut da Rádio:
no endereço: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?uid=10342418090368572754&rl=mo